– Jamais esquecerei! Uhúú!!
– Eu também, amor! Nosso carnaval: a galera, e nossa playlist sem marchinhas, yééé!
E os dois tiraram uma selfie, linda, que gerou 417 curtidas em menos de 7 minutos.
– Jamais esquecerei! Uhúú!!
– Eu também, amor! Nosso carnaval: a galera, e nossa playlist sem marchinhas, yééé!
E os dois tiraram uma selfie, linda, que gerou 417 curtidas em menos de 7 minutos.
o futuro é uma lágrima de androide replicante na chuva.
péra…
agora já é passado…
desdém, derrota e vitória. o caminho dos justos construído sob o atalho dos caídos.
essa cidade…
o aterro, a varanda, e os olhares para os prédios. o mato da raposo no velho oeste
tudo (tudo isso) entre os ossos dos meus amores
urubus rodeando a estrada
estou em uma busca: ser um ‘nadavê’. sério. sem pegadinha de estilo. não desejo mais impressionar os outros por atos heroicos, inquestionáveis e bem alinhados à política. quero a ausência da virtude. nadar no lodaçal thrash da alienação. beber cerveja e falar merda num boteco sujo; quero voltar a desenhar um pato donald tosco na sua cédula sagrada. ser execrado por todos. esse é o meu direito sagrado. eu, na verdade, só quero entrar para o hall dos mortais e deixar as minhas iniciais no game over do fliperama, comer o meu miojo requentado e aumentar a louça. ah, e claro, arrancar bosta do cu com a mão...
Criada pela Magia do Caos. Manipulada pela humanidade por meio do Inconsciente Coletivo. 100 mil indivíduos, e suas enormes pás, abastecem a enorme Libra com suas tragédias favoritas. Paris. Mariana. Os corpos, putrefatos e desmembrados, postos à balança. Todos estão apreensivos com o resultado. A balança pende para um lado e depois para o outro. Um grito de torcida anima o local. A Libra quebra. Violentamente. Desmaterializa. Fim do ritual. Uma mortalha contígua, descomunal, abraça o solo virgem. Todos estão mortos e unidos na sua condição.
-E aí, e aquela redação lá, hein?!
-Absurdo! E agora?! Agora eu tenho que defender feminazi??
O outro o olhou profundamente. Preocupado.
-Mas, calma… você não, a gente não pode…
-Não. Claro que não… E devemos ficar ‘mal’ por isso?
Um silêncio cortante. Eterno.
Última aula. Noturno. Faço uma piada. Cursinho geral racha o bico.
– Você é engraçado, professor! Haha!
Eu me aproximo do aluno. Era o meu dia. Esperei tanto tempo por essa.
– Engraçado como? É o jeito que eu falo? Engraçado como… como um palhaço?! Eu tô aqui para te entreter?
Fui despedido. Ninguém entendeu nada; nem o diretor, mais velho do que eu…
Maldita molecada que só assiste filme-porcaria….
Os dois detetives olhavam um corpo no chão. 30 facadas.
– Meu Deus, o que é isso?!
– Ódio, novato. Ódio.
– A ditadura vai voltar, né?
– Sim, vai sim. Claro!
-E a gente?
-Como assim?
-O que a gente vai fazer?
Pausa. Três segundos.
-Ué?! A gente vai continuar de boas…
– Aonde vais, peregrino?
– Vou para o mercado de trabalho.
– Hmmm… Território inóspito. B-boa sorte na viagem…